segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Bacalhau sobre cama de espinafre


O bacalhau é um dos carros chefes aqui de casa. Adoro. Acho que esteticamente é um peixe lindo, que oferece muitas possibilidades de preparo, e que sempre impressiona. Resta conseguir boas postas (ou lascas, se for o caso) e verificar se os seus convidados gostam de bacalhau! Assim, este post é mais uma dica de acompanhamento e apresentação que uma receita propriamente dita, já que desde que experimentei o Bacalhau no Azeite é quase impossível resistir a este modo de preparo.

Cama de Espinafre e Tomates confitados

Muito azeite
1 ramo de tomates holandeses
(ou cereja se não encontrar)
1 maço de espinafre
2 dentes de alho
Pimenta do reino
Sal

Pré-aqueça o forno. Lave bem os tomates, separe os galhos (no caso do ramo de tomates holandeses) e coloque-os em uma assadeira pequena. Cubra-os com azeite, temperando com sal (se possível trufado) e pimenta do reino moída na hora. Leve ao forno já bem quente e deixe assar até que estejam quase desmanchando. Deixe esfriar e reserve o azeite para a decoração. Tomates prontos.
Lave o espinafre e retire os caules, deixando somente as folhas. Cozinhe-as em uma panela grande, cobertos por água até que quase desmanchem. Descarte a água e refogue em um pouquinho de alho amassado e azeite. Espinafre pronto!
Coloque o espinafre e o azeite no fundo do prato fazendo uma espécie de cama para o bacalhau. Posicione a posta bem no centro (vc pode decorá-la com estas cebolas fritas ou com um pesto de azeitonas, por exemplo) e coloque os tomates nas bordas do prato. 

Teriyaki de Salmão


Estivemos há pouco em um sebo no centro de São Paulo recheado de livros de culinária. O resultado não poderia ser outro, é claro: sacola cheia de novidades. Dentre elas, um livro de culinária japonesa escrito por Harumi Kurihara, de onde retiro esta primeira receita, o Teriyaki de Salmão. Já preparava há muito na minha casa, então adaptarei um pouquinho, claro.

Teriyaki de Salmão

300g de salmão fresco
1 colher (sopa) de azeite
para a marinada: 
50ml de molho shoyu
1 colher (sopa) de saquê mirin (culinário)
1 colher (chá) de açúcar
para o molho:
2 colheres (sopa) de shoyu
2 coheres (sopa) de saquê mirim
1 colher (chá) de açúcar
1 colher (café) de sal
Hondashi (temperinho japonês)

Corte um lombo de salmão inteiro em 4 pedaços grandes. Retire a pele e a parte escura da carne que acompanha. Deixe os pedaços marinando na mistura de shoyu, saquê e açúcar por pelo menos uma hora. Prepare o molho misturando os ingredientes em uma frigideira pequena em fogo baixo até obter o ponto de uma calda. Reserve e deixe esfriar. Este molho (Tarê) Teriyaki pode ser armazenado na geladeira. Eu sempre tenho! Aqueça o azeite em uma frigideira grande e sele os pedaços de salmão. Sirva acompanhado do molho. Caso não se sinta confortável com a frigideira, o forno é uma boa alternativa. Basta observar a lateral do peixe, que começa a "esbranquiçar" quando ele assa, para escolher o ponto desejado. Mais fácil, porém não se obtém exatamente o mesmo resultado… claro. Fiz um cous cous com 3 pimentões para acompanhar e edamame, mas os acompanhamentos podem ser muitos: cogumelos, alho-poró e até mesmo um arroz com fatias finas de cebolinha.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Congelando ervas



Há muito tempo algumas fotos desta técnica de congelamento de ervas circularam pela internet. Não consigo mais me lembrar da fonte, é claro, mas bastou sobrarem em casa vários ramos de alecrim e meio maço de mangericão para que eu resolvesse resgatá-la. Costumo consevar salsinha e cebolinha picadas em meu freezer em pequenos sacos e também já tentei congelar alecrim e tomilho… sem muito sucesso. Realmente só dá para fazer com salsinha e cebolinha que são usados no dia a dia. 
Procurei pela internet e encontre pelo menos cinco diferentes técnicas de congelamento de ervas - dentre as quais está a minha antiga - que é simplesmente colocá-las no freezer e esta, que apresentarei agora. Vi também uma sugestão para se usar cubos de gelo e água… Mas ainda preciso testar. 
O resultado de congelar as ervas no azeite foi realmente surpreendente. Quando usadas em uma receita  (uma semana depois de congeladas) pareciam frescas - Muito prático! É claro que usar as ervas frescas de verdade é infinitamente melhor… Mas quem nunca terminou um final de semana com a geladeira cheia de ervas e sem nenhum uso para elas? Ou quem nunca decidiu preparar um preto especial e só no último minuto notou que estava sem alecrim em casa? É só colocar a técnica em prática!

  1. Limpe bem as ervas, separando as folhas e descartando os caules;
  2. Lave-as e deixe-as secar sobre papel de cozinha absorvente; 
  3. Coloque as folhas em uma forma de gelo, misturadas ou separadas conforme a sua preferência;
  4. Cubra a forma com azeite (o que testei), óleo (quase não uso na cozinha) ou manteiga clarificada (um pouco mais complicado);
  5. Leve as formas ao freezer;
  6. Quando congeladas as ervas, retire os cubos da forma e armazene em sacos plásticos ou em recipientes próprios para congelamento com tampa. Cubos (de gelo, ervas, caldo - o que que que seja) podem pegar odores desagradáveis da geladeira e nunca devem ser mantidos nas formas.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Papinhas Gourmet

Carne, macarrão, beterraba, feijão branco e quinoa
Peixe, mandioquinha, abobrinha e grãos de trigo
Até o último minuto fiquei na dúvida de se deveria postar as fotos que eu vinha tirando das papinhas da minha filha aqui no blog. Papinha é comida? Combinação de ingredientes é receita? Resisti bravamente até que as amigas com filhos pequenos começaram a pedir… e eu pensei: "Não foi justamente este o motivo de eu começar a fazer o blog?". Pois então vou cometer este pequeno deslize gourmet e fazer um post sobre as comidas que venho preparando para a Luísa. E um post é o suficiente, porque não há nada mais fácil que preparar uma boa papinha...

Carne, arroz de sete grãos, brócolis e grão de bico
Frango, polenta, agrião e lentilha
A alimentação dela, seguindo a orientação da nossa pediatra, teve início com as papinhas de fruta, quando ela estava com 5-6 meses e eu planejava o fim da amamentação exclusiva. As papinhas salgadas começaram por volta do 7º mês, primeiro peneiradas (e eu confesso que usei o mixer quando fui vencida pelo cansaço!), depois bem amassadas - por volta do 8º mês, cheias de pedacinhos - por volta do 9º mês, e como comidinha de verdade (com ingredientes separados) a partir do 10º mês. É claro que esta lógica varia muito de pediatra para pediatra - o meu intuito com este post é dar idéias de combinações de papinhas e não orientar a alimentação como um todo… A questão é, depois de muito experimentar, achei algumas combinações que ficam mais saborosas porque se parecem com as combinações que fazemos, como adultos, nos nossos pratos. Estas combinações podem ser prepradas para qualquer fase da alimentação que o bebê estiver - basta peneirar, amassar muito, só um pouco ou servir separadamente. Entenderam?

Frango, arroz, cenoura e ervilha
Carne, arroz, abóbora, feijão preto e couve

O tempero, isto é, a base para todas as preparações varia conforme a casa e as indicações do pediatra (mais uam vez). Eu usava cebola, alho e azeite e fazia um refogadinho. Não adicionei sal algum até ela completar 10 meses - quando comecei a fazer a transição da comida dela para a a comida da casa. Ela continua comendo pouco sal, mas ainda assim… Não é recomendável congelar nenhuma comida já salgada. O congelamento potencializa o gosto do sal e a comida pode ficar até amarga. A papinha é cozida até os ingredientes ficarem macios. Como ca´qqaadfv31O(W!klyda um tem o seu ponto… é difícil estabelecer um tempo certo. Com a prática passei a cozinhar separadamente os ingredientes mais duros, como os grãos ou a beterraba, por exemplo. Usar caldos feitos em casa ao invés de água também é uma ótima dica e ajuda dar ainda mais sabor. Quando o cozimento estiver terminado, sugido colocar todo o conteúdo em uma assadeira para esfriar e também para amassar. É muito mais prático para distribuir uniformemente entre os potinhos para congelamento. Estas embalagens da OXO foram as minhas escolhidas. Luísa está com 1 ano e ainda uso muito para congelar ingredientes separados, levar frutas já cortadas e descascadas para passear. São ótimas. Na hora de servir, acrescente sempre um pouquinho de azeite: vale a pena passar em uma loja Mundo Verde para comprar diferentes tipos de óleos: linhaça, gengibre, abóbora… além do tradicional azeite de oliva. O mesmo vale para os grãos: trigo, linhaça, quinoa… Tudo uma delícia!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Kibe Assado (da Noêmia)


A Noêmia é funcionária aqui de casa, me ajuda a cuidar da minha filha, cozinha, faz de um tudo. Meu verdadeiro braço direito! Logo que ela chegou, pedi que preparasse a sua especialidade. Um prato que tivesse certeza de que eu gostaria... É sempre uma boa técnica: antes de ensinar… aprender. Pois ela preparou este kibe assado que há muitos anos aprendeu a fazer com a mãe de uma antiga patroa - de família libanesa, pelo que entendi. Desde então a receita passou a integrar o menu da minha casa. Fácil de fazer, leve, e ainda pode ficar na geladeira para um aperitivo no final de semana, um lanchinho, ou mesmo para o jantar. Aprovado. Aprendi e - com uma certa ajuda na apresentação, não poderia deixar de colocar aqui no blog. Espero que gostem!

Kibe Assado

1 kg de carne moída
2 cebolas médias
1 1/2 xícara de trigo para kibe
1 maço pequeno de hortelã
2 colheres (sopa) de pinoli
Sal a gosto
1 fio de azeite

Coloque o trigo de molho para hidratar em uma tigela com água por 2 horas. Ele dobrará de volume. Reserve. Bata as cebolas em um processador de alimentos ou liquidificador. Acrescente o hortelã e o sal e bata novamente. Reserve. Coloque o trigo sobre um pano de prato, dobrando o pano como uma trouxa. Escoe toda a água até que o trigo fique seco. Misture a carne, o trigo, os temperos e o pinoli com os dedos até obter uma massa homogênea. Coloque em uma assadeira e regue com um fio de azeite. Leve ao forno em temperatura média até dourar. Sirva com uma fatia de limão e decore com folhas de hortelã.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Crèpes Franceses

Crepe de queijo Brie, presunto de Parma, rúcula e azeite.
Há muitos anos frequentamos o restaurante do chef francês e muito simpático Yves Lapides em Paraty, o Le Castellet. Lá ele serve crepes genuinamente franceses (além de terrines, cozidos e outros pratos característicos), prepara azeites aromatizados maravilhosos e pães. O lugar é um charme: todo decorado no estilo da Provence - e muuuuito romântico. Inspirada na maneira de preparar crepes do Yves Lapide fiz ontem aqui em casa um festival de crepes para minha primas queridas Cathy e Eleonora. As fotos são dos dois sabores vencedores. Crepes são uma idéia fantástica para reunir os amigos: o preparo é fácil (a massa leva 15 minutos para ficar pronta), divertido (cada um pode dar a sua sugestão de recheio) e delicioso (basta ver as fotos). Você pode ainda pedir que cada um da mesa escolha o seu favorito. Os vencedores da noite de ontem foram estes dois da fotografia: o primeiro escolhido pela Eleonora e pelo Rick, o segundo por mim e pela Cathy.

Crèpes Franceses

1/2 litro de leite
50g de manteiga
250g de farinha de trigo
1 pitada de sal
4 ovos inteiros
1 colher (sopa) de conhaque

Aqueça o leite até que fique morno. Junte a manteiga e misture até que derreta completamente. Misture a farinha e o sal e com um fuêt (ou batedor) misture e vá acrescentando os ovos e o leite, evitando deixar grumos de farinha, até obter uma massa bem fina. Caso se formem grumos basta passar a massa por uma peneira! Acrescente a colher de conhaque. Cubra com filme plástico e leve à geladeira para descansar por pelo menos uma hora (duas são o ideal).
Quando for servir aqueça bem uma frigideira (eu usei uma frigideira grande normal, das que tinha em casa, mas vc pode comprar um disco próprio para crepes), acrescente uma colher de café de manteiga, espalhe bem e coloque uma concha de massa para fritar. Espalhe com cuidado. Os crepes devem ficar muito fininhos. Deixe dourar e fazer bolhas, vire e frite o outro lado. Sirva imediatamente com o recheio da sua preferência. Dica: Para virar o crepe você pode usar uma espátula ( e melhor que seja uma espátula grande), mas a maneira mais prática - ainda que requeira uma certa dose de coragem, é descolar as beiradas e virar o crepe na própria frigideira... como nos filmes.
Para servir coloque aberto sobre o prato, como na foto, e acrescente os recheios da sua preferência - caso sejam quentes, na própria firgideira, e se frios no prato. Para decorar o prato o Yves lapede sempre coloca cebolas e tomates confitados - o que é uma idéia deliciosa.

Queijo de cabra, nozes, alecrim e mel.
Sugestões adicionais de recheios: Queijo muzzarella, tomates confitados e manjericão. Queijo cottage, salmão defumado e dill.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quesería Nonno Antonio - Punta Ballena


 A outra dica gourmet irresistível desta nossa última viagem é a Queijaria do Nonno Antonio (ou Quesería). Ela fica em Punta Ballena, uma cidadezinha no caminho entre Montevideo e Punta del Este que já é uma parada turística obrigatória em função da Casapueblo (a antiga casa de verão do arquiteto e artista uruguaio Carlos Paéz Vilaró, que foi convertida em um hotel e museu aberto à visitação) e é puro charme. A queijaria fica escondida, literalmente, no meio do mato: o cenário perfeito para tomar uma taça de vinho, degustar muito queijo (é claro) e escutar um pouco sobre como são feitos, como podem ser utilizados, e sobre a história do local. A proprietária, Marisa, é muito simpática. Para agendar uma visita é só entrar no site. Marisa foi casada com um argentino cujo avô, o Nonno Antonio, um italiano, produzia queijos. Trouxeram para o Uruguay as receitas e montaram este lugar lindo. O argentino voltou para sua terra natal. Marisa ficou. Ainda bem! 

queijos maduros
queijos creme
Estão disponíveis para degustação os queijos: 1. Mascarpone; 2- Petit Suisse; 3- Montanhês (queijos creme) 4- Cabra (sem fotografia) ; 5- Reblochon; 6- Gorgonzola e 7- Quartilho Lombardo (queijos maduros). Os três primeiros são queijos creme (crema), muito frescos e suaves. Nenhum deles é vendido desta forma no Brasil (ao menos que eu saiba) e são maravilhosos, em especial o Petit Suisse, que a Marisa temperou com um pouquinho de pimenta. O queijo de cabra (que escolhemos trazer para o Brasil, embalado a vácuo) foi servido com um pouco de azeite - que segundo a Marisa é como os brasileiros gostam de comer. Os três próximos são queijos maduros (maduros blandos) - ainda que eu não seja muito fã de queijos azuis, também muito bons. Muito mais suaves e com casca macia (descobri o que não gosto nos queijos azuis, aliás). O Reblochón foi o escolhido para nos acompanhar para o hotel. Não é nada fácil trazer os queijos. A suavidade se perde rapidamente fora da geladeira - eu não arriscaria. Ao final da degustação o gran finale é o Tiramissú: feito com o mascarpone da queijaria, suave e com o característico gostinho de café. Eles fornecem o queijo para o Fasano las Piedras - o que é a desculpa perfeita para experimentar.

Tiramissu
Os pães, torradinhas e palitinhos que acompanham a degustação são todos feitos em uma padaria local. O vinho? Uruguaio com certeza: vale a pena experimentar um bom tannat, claro!

Aceite Punta Lobos - Uruguay


Na última semana estivemos no Uruguay - mais precisamente em Punta del Este e, como não poderia deixar de ser, fizemos algumas programações gourmet. Como a proposta deste blog é apresentar receitas, não costumo postar experiências gastronômicas como aulas e degustações ou mesmo idas a restaurantes… Mas a programação de inverno de Punta se revelou tão gourmet que decidi  abrir duas exceções: a primeira, o Aceite Punta Lobos, dos queridos Thaís Warzeka e Luca Cohen e a segunta, a queijaria do Nonno Antonio.
Nunca havíamos visitado uma fábrica de azeite - ingrediente que tanto prezo, e muito menos feito uma degustação, assim, foi bastante ilustrativo. Vou destacar alguns pontos para que na sua próxima viagem a Punta del Este (especialmente no inverno) vocês não deixem de visitar:

1- O azeite é melhor degustado de forma bastante semelhante a como se degusta o vinho. Você deve colocar uma pequena quantidade na boca, como uma colherzinha apropriada, e deixá-lo respirar, abrindo levemente a boca, deixando o ar entrar antes de engolir. A primeira coisa que você sentirá será uma leve ardência das papilas gustativas laterais da língua (azedo), depois um retrogosto no fundo da língua (amargo) e por fim uma leve picância na garganta. Deve-se observar cor e cheiro, é claro. O azeite pode ser também degustado com a ajuda de um pedacinho de pão.

2 - Diferentemente do vinho, o azeite não se presta a guarda, isto é, não envelhece bem. Assim, quanto mais novo o azeite (e bem conservado, claro), melhor ele será. Além disso, o azeite não deve ser exposto à luminosidade… ou seja, vidro transparente: jamais. O azeite literalmente cozinha na luz.

3- Há diversas espécies de azeitonas (provavelmente tantas quantas as de uva), e cada uma delas tem suas características. Assim, mantendo a analogia com o vinho, um azeite pode ser monovarietal - feito a partir de uma só espécie de azeitona, ou multivarietal, um blend de diferentes azeitonas. Algumas azeitonas utilizadas no Punta Lobos são: Picual, Frantoio e Coratina. Experimentamos alguns monovarietais e realmente a diferença entre uma e outra é bem perceptível.


A empresa, que é pequena e familiar, está passando por uma total reestruturação desde que o casal de brasileiros se mudou para lá. Dentre os produtos estão pequenos sabonetes de lavanda feitos com azeite - mas eles prometes expandir a linha spa. Há também, é claro, azeite em muitas variedades, inclusive alguns aromatizados. Adoramos a visita!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Escabeche de Sardinha


A entrada preparada para o almoço do Dia das Mães foi o Escabeche de Sardinha. Tive que adaptar, afinal, a receita que recebi era de Escabeche de Atum - muito mais sofisticada. É bem verdade que eu estava com um certo receito em relação ao peixe… mas não é que me surpreendi? Foi devorado. Achei prático já que o prato pode (e deve) ser preparado com 3 dias de antecedência e também pode ser congelado.

Escabeche de Sardinha

1 kg de sardinha
4 cebolas
4 dentes de alho
1 maço de cheiro verde
2 folhas de louro
2 xícaras de azeite
Suco de 1 limão
(ou o volume equivalente de vinagre)
1 punhado de grãos de pimenta
(rose, preta e branca)
Sal e pimenta do reino


Limpe as sardinhas, retirando sua cabeça, barrigada, cauda e, tanto quanto seja possível, suas espinhas - que são realmente muito fininhas. Coloque-as em uma panela grande cobertas por água. Junte o limão ou o vinagre, sal e cozinhe por ao menos 30 minutos. Retire da panela e escorra a água. Reserve.
Esquente o azeite e acrescente a cebola cortada em meia lua (ou em rodelas), o alho em fatias, as folhas de louro e os grãos de pimenta. Cozinhe até dourar e jogue sobre as sardinhas. Reseve até esfriar e mantenha na geladeira por alguns dias para tomar gosto. Verifique o sal e a pimenta e sirva com torradinhas.

Bacalhau Espiritual


Os almoços festivos em casa são sempre um problema. É muita gente, fulano não come isto, ciclano não come aquilo. Tudo precisa estar pronto com uma certa antecedência para que eu possa participar minimamente das conversas, aparecer nas fotos… Então selecionar o menu não é nada fácil. Sim, porque se o número 6 é perfeito para um jantar sentado e empratado, magicamente o número 8 enche minha casa e transforma minha cozinha em um caos… Acho que nem preciso falar do número 10! Preciso praticar muito para o número 10 - ou então ter alguns clones trabalhando sob a minha supervisão e uma cozinha fechada e cheia de superfícies vazias. Que desordem! Mas foi Dia das Mães. E meu primeiro. Tinha que ser em casa. Pois que venham 10, 12, 14 - e que as comemorações sejam muitas. Minha filha logo completa um ano, e estou feliz. Cansada, mas feliz. Assim, o Bacalhau Espiritual foi uma boa escolha. E recomendo. Prato de fácil preparo, que pode ser quase que inteiramente feito de véspera, ele vai ao forno e não tem problemas de timming (como assados) - já que pode ser mantido em uma temperatura baixa sem problema, não tem complicação de apresentação ou acompanhamentos… e foge do Bacalhau a Brás - que é uma delícia, mas que preparo sempre. O Bacalhau Espiritual é sofisticado e servido no Bela Cintra. E foi muito bem num dia frio. Prato perfeito para mesa cheia e família que gosta de repetir! Vamos à receita!

Bacalhau Espiritual

3kg de Bacalhau 
5 cebolas 
3 dentes de alho
3 cenouras raladas
3 batatas médias
1/2 litro de molho Béchamel
200g de farinha de rosca
(pão torrado em triturado)
Muito azeite
Sal e pimenta do reino

Para preparar este prato usei uma mistura de bacalhau em lascas dessalgado congelado (Bom Porto) e de postas de bacalhau - assim consegui lascas maiores e mais tenras. Ou seja: nada de desfiar, muito menos no processador de alimentos. Ferva uma panela grande com água e, após ter descongelado o bacalhau de um dia para o outro na geladeira, cozinhe-o por 5 minutos. As lascas se desprenderão facilmente após o cozimento - você deve usar somente os dedos para desfazer as postas e soltar as lascas. Cozinhe as batatas. Retirea  casca e amasse levemente com as mãos. Corte as cebolas e meia lua, os alhos em fatias e rale as cenouras. Refogue o bacalhau na cebola e no alho com muito azeite. Acrescente a cenoura e a batata (Caso vá preparar para menos pessoas, pode nem colocar a batata). Mexa e reserve. Prepare o molho Béchamel (o que pode ser feito com antecedência). Misture o molho aos poucos ao bacalhau e coloque em um refratário. Cubra com farinha de rosca (eu compro a minha em um restaurante bem pequeno aqui no meu bairro, que tritura os pãezinhos do couvert deles - todos feitos lá, claro e é deliciosa, mas vc pode fazer em casa ou comprar no supermercado) e leve ao forno até borbulhar. Sirva com arroz e, caso não tenha usado batata na receita, batata palha.


Relembrando o molho Béchamel…

5 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sobremesa) de azeite
5 colheres (sopa) de farinha
leite até obter o ponto desejado
1 xícara de creme de leite fresco
1/2 cebola
3 cravos
3 folhas de louro
Nóz moscada
Sal e pimenta do reino

Derreta a manteiga colocando-a sobre a colher de azeite. Junte a farinha aos poucos e mexa até obter uma massinha (o roux). Acrescente o leite em temperatura ambiente, mexendo sempre, para não deixar formar grumos. Coloque a cebola com os cravos espetados e as folhas de louro e cozinhe até obter o ponto desejado. Tempere com nóz moscada, sal e pimenta.

terça-feira, 18 de março de 2014

A tal da Cavaquinha


Para comemorar oficialmente os 1000 likes do blog no Facebook - ao menos a primeira comemoração, resolvi comparar um ingrediente novo, nunca preparado aqui no ... de Salto Alto: a Cavaquinha! A Cavaquinha é um crustáceo muito semelhante à Lagosta, também conhecida como Tamarutaca ou Lagosta Sapateira. A diferença? Em primeiro lugar, claro, o preço. A Cavaquinha tem um preço mais acessível (o que não é muito difícil, vejamos). Além disso, encontrar a Cavaquinha fresca também é mais fácil. Eu comprei estas na feira do lado de casa. Ficou uma delícia. O gosto é idêntico ao da lagosta... delícia. 

Cavaquinha na Manteiga

2 cavaquinhas grandes
1 xícara de manteiga sem sal
1 colher (sopa) de estragão
Sal e Pimenta do reino

Com uma tesoura de cortar frango faça dois cortes na casca da cavaquinha: um na cauda, na parte de baixo, de cima para baixo e outro na cabeça, na parte de cima, de baixo para cima. Fazendo estes dois cortas a cavaquinha ficará aberta no meio - como na foto. Você deve então tirar toda a "sujeira"da cavaquinha (é claro que pode comprá-la limpa, ou mais ou menos limpa, como foi o meu caso...), deixando apenas a carne branca. A textura da cavaquinha é semelhante à da lagosta, desta forma, não suporta muito tempo de cozimento: se ela fica muito tempo no forno ou na panela, fica dura! Pré-aqueça o forno e asse as cavaquinha, temperadas com a manteiga com estragão, sal e pimenta, por 10-15 minutos em fogo baixo. Sirva imediatamente acompanhada por mais molho de manteiga e uma taça de champagne bem geladinho. O acompanhamento da foto é arroz selvagem - outra possibilidade é o purê de beterraba, que fica para uma próxima vez! Garanto que bem próxima!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Lulas Bottagallo


Na última semana fui com duas amigas queridas jantar no restaurante Bottagallo - aquele restaurante de tapas italianas na Jesuíno Arruda. Pois então. Pedimos um prato deliciso (na verdade pela segunda vez) que resolvi tentar reproduzir em casa: Eis as Lulas Bottagallo! Minha escolha de entrada para o jantar de comemoração dos 1000 likes do blog no Facebook. Gostaram?

Lulas Bottagallo
8 lulas pequenas
6 fatias de bacon
1/2 maço de manjericão fresco
1 limão siciliano
6 tomatinhos cereja
Azeite
Sal e Pimenta do reino

Limpe as lulas, tirando a barrigada, cabeça e a pele. Reserve os tentáculos (ou chuveirinho!). Corte em anéis, deixando a "ponta da lula" inteira, como na foto (você deve fazer cortes leves com a faca, sem separar os anéis). Tempere com metade do limão siciliano. Frite o bacon e reserve. Doure no azeite em uma panela os anéis de lula até atingir a consistência adequada - em no máximo 5 minutos. Junte o bacon, os tomatinhos cortados na metade, e algumas folhinhas de manjericão. Misture para tomar o gosto. Sirva imediatamente. Decore com uma fatia do limão (que deve ser espremido sobre a lula) e folhas do manjericão.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Causa de Polvo


Como já se era de esperar... estamos completamente apaixonados pelas Causas! Desta vez, repeti a receita da Causa de Camarão e apresentei, como entrada, um Duo de Causas. A novidade foi a Causa de Polvo - invenção minha e que ficou deliciosa! Estava só esperando o Carnaval passar e o meu amor voltar de viagem para publicar... porque neste fim de semana há de haver um post novo... hummm: Comemoração dos 1000 likes no Facebook do ... de Salto Alto na Cozinha. Que felicidade! Obrigada, leitores!

Causa de Polvo

100g de purê de mandioquinha
2 tentáculos de polvo*
1 tomate
Coentro
2 azeitonas


Inicie o preparo pelo purê de mandioquinha, que deve estar frio na montagem do prato. Grelhe os tentáculos de polvo, depois de tê-los cozinhado levemente, e separe a ponta para decorar. Corte o restante dos tentáculos em fatias bem fininhas. Pique o tomate, sem casca e sementes, em cubinhos pequenos. Para montar, forre o fundo de um aro (para esta apresentação usei o menor tamanho de todos, de diâmetro aproximado 5cm) com duas colheres de purê de mandioquinha, acrescente uma camada de coentro picado (cuidado porque é mesmo forte!), uma camada das fatias de polvo, uma camada dos cubinhos de tomate, e cubra com mais uma camada de purê de mandioquinha. Decore com a ponta do tentáculo e uma azeitona preta. O duo de causas é sucesso garantido. Fácil de fazer (ainda mais porque você vai usar o purê de mandioquinha nas duas receitas) e tem uma apresentação digna de restaurante!

* o polvo normalmente é vendido inteiro, com a cabeça e tudo mais... claro. A dica é que, na feira, se você insistir um pouquinho, consegue comprar dois ou três tentáculos apenas. Lembre-se: o polvo encolhe muito com o cozimento, então para não ter surpresas, exagere sempre!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Causa de Camarão


Quando se fala em culinária peruana a primeira coisa que vem à mente são os Ceviches, claro. Até na hora de preparar um post para o blog foi neles que pensei primeiro. E não é que esta semana comprovei um pouco surpresa que, entre meus amigos, as Causas (é este mesmo o nome do prato!) eram totalmente desconhecidas? Então lhes apresento. Aqui em São Paulo há pelo menos dois restaurantes peruanos muito bons (que eu conheça, o Suri e o La mar), mas foi em Brasília, no restaurante Taypá onde comi pela primeira vez uma Causa. Indico sem restrições: o restaurante e as Causas. Desta forma, fui para o Peru prevenida. E em todos os restaurantes lá estava ela: majestosa. Também pudera! É um prato muito versátil - já que pode ser preparado "de mil maneiras, invente uma", isto é, suas variações são infindáveis, um prato no qual são usados os ingredientes locais tradicionais e de extrema qualidade - a base do prato é a batata amarela ou papa amarilla, e vi variações com camarão, polvo, caranguejo, dentre outros, e além de tudo, é um prato muito leve e refrescante, servido frio, como entrada ou prato principal. A Causa que decidi preparar primeiro foi uma reprodução da servida no restaurante El Mercado, em Lima - com exceção da batata amarela, que substituí por mandioquinha (que nada mais é que a batata baroa). No Peru há mais de 5000 tipos de batata. Não consegui encontrar!

Causa de Camarão

500g de mandioquinha
1 xícara de leite
1 colher (sopa) de manteiga
2 camarões grandes
1 limão
100g de kani kama*
1/2 abacate (guacamole)
2 tomates
2 tomates cereja
2 ovos
1 xícara de creme de leite fresco
1 colher (sopa) de maionese
Q.B. de coentro


Cozinhe a mandioquinha até que fique macia. Descasque, amasse levemente, deixando pedacinhos e junte o leite e a manteiga. Cozinhe até obter um purê grosso. Reserve, deixando esfriar. Lave os camarões no limão e cozinhe-os no vapor com a casca. Coloque a casca do limão na água do cozimento para aromatizar. Retire a casca, deixando os "rabinhos". Limpe. Passe no processador de alimentos ou bata no liquidificador os kanis e o creme de leite até obter um creme espesso. Tempere com sal e pimenta. Cozinhe os ovos, descasque-os e corte em pedaços. Junte a maionese, sal e pimenta e misture, até obter a consistência da maionese.Corte os tomates e o abacate em pedaços pequenos: tomates em cubinhos, abacate em fatias finas. Montagem: em um aro redondo médio (8 cm), coloque uma camada de pure, uma camada de abacate, uma camada de tomate, uma camada farta de creme de kani e uma camada de purê para finalizar. Decore o topo com duas colheres da pasta de ovos, coentro e um tomate cereja.


* Na receita original este creme é preparado com carne de caranguejo. Foi uma troca razoável financeiramente e eu não hesitaria em fazê-la novamente. O preço do Caranguejo está do Peru! rsrsrs

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Coquetel de Camarão


O Coquetel de Camarão foi moda nos anos 70. Resistiu bravamente aos anos 80, quando ainda era servido em nas mais finas residências, e em ocasiões especiais. Aposto que vocês se lembram! Nos anos 90 passou a ser considerado cafona - porque tudo o que é demais cansa... Até que, finalmente, está de volta. Tenho visto versões minimalistas do coquetel circulando nas festas ultimamente. Vocês não? O importante é que é muito gostoso, fácil de se preparar, visualmente interessante e, como todo mundo sabe, brasileiro é louco por camarão. Acha podre de chique! Sucesso garantido, especialmente se você quiser dar um ar retrô ao seu jantar. Obrigada, tia Lucinha, por me emprestar as taças e ceder a receita original da sua mãe!

Coquetel de Camarão

4 camarões grandes
300g de camarão médio
1/2 cebola 
2 limões
Sal

Lave os camarões com água e limão e retire somente a cabeça, deixando a casca - o que faz com que diminuam menos durante o cozimento. Em uma panela média, cozinhe-os rapidamente juntamente com a cebola, um pouco de suco de limão e sal ou, se preferir, cozinhe-os no vapor (em panela apropriada) colocando a cebola e o limão cortado ao meio na água sob os camarões. Retire a casca, limpe bem e reserve. Deixe o "rabinho" dos camarões grandes para finalização. Reserve um pouco do caldo do cozimento para o preparo do molho.

(para o molho)
1 xícara de creme de leite fresco
8 colheres (sopa) de ketchup
4 colheres (sopa) de maionese
1 colher (chá) de suco de limão
1 colher (sopa) de caldo de camarão
2 colheres (sopa) de conhaque
1 colher (sopa) de vinho branco
1/2 colher (café) de açúcar
1/2 colher (café) de sal

Junte os ingredientes do molho e misture bem. Você deverá experimentar para acertar o sal e o açúcar. Preparei a maionese em casa. Basta bater com um fuet uma gema de ovo, um fio de azeite e um fio de óleo até atingir a consistência de maionese. Acrescente um pouco de mostarda Dijon para deixá-la mais saborosa. Sirva sobre uma camada de gelo, com os camarões menores imersos no molho e os maiores apoiados na beirada da taça. caso deseje, decore com salsinha ou cebolinha francesa.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Ceviche Clássico


Depois de longas e mais que merecidas férias, o blog volta com uma receita rápida de se preparar e que está na última moda: o Ceviche Peruano. Fresquinho, já que acabamos de voltar de Lima - o atual destino gastronômico da América do Sul. O Ceviche é um prato tradicional que tem como base o peixe branco "cozido" no limão. Deste "cozimento" se origina o leite de tigre - que é este caldinho que vocês podem ver na foto, que nada mais é que o líquido da marinada do peixe, consistindo principalmente de limão. Os ingredientes obrigatórios no ceviche são a cebola roxa, a pimenta (de preferência uma não muito ardida, como a piri piri peruana) e o coentro. Existe uma infinidade de variações: polvo, camarão, lula e outros peixes como atum e salmão podem ser usados, bem como os ingredientes típicos peruanos, como o milho, a batata doce ou abacate. Esta receita é bem básica, já que foi a primeira que preparei. Espero que primeira de muitas. Como em toda culinária peruana, o segredo está no frescor e qualidade dos ingredientes.


Ceviche Clássico

300g de peixe branco cortado em cubos
Suco de 2 limões
1/2 cebola roxa
Coentro
Pimenta dedo de moça
1 xícara de milho verde
1 batata doce
Sal

Corte o peixe branco em cubos médios. Escolha um peixe branco e com pouca gordura para começar. Eu escolhi a corvina. Coloque em uma tigela. Acrescente os ingredientes secos, isto é, o coentro, que deve ser acrescentado conforme o gosto do freguês (já que tem muita gente que detesta!), a cebola roxa, a pimenta e o sal. Regue com o suco de limão e misture. Após alguns minutos, você observará que o peixe vai começar a ficar mais branco - o que significa que está cozinhando. Acrescente o milho e experimente o leite de tigre para verificar o sal e a acidez. Se estiver muito ácido, basta acrescentar um pouquinho de água. Como o ceviche é um prato muito fresco, acrescente na tigela, juntamente com o peixe, uma pedra de gelo. Isto vai garantir que o peixe permaneça gelado, assim como os demais ingredientes. Sirva para acompanhar a batata doce cozida e, claro, um bom Pisco Sour como o da foto, preparado pelo meu marido.



domingo, 22 de dezembro de 2013

Shimeji e Shitake na Manteiga


O Shimeji e o Shitake preparados desta maneira são velhos conhecidos dos frequentadores assíduos de restaurantes japoneses. O Shimeji especialmente. O preparo de ambos (idêntico, daí eu incluí-los em uma mesma receita) não tem mistério - sugiro apenas que as pequenas dicas sejam seguidas (e não omitidas da receita) já que fazem toda a diferença. Recomendo também comprar os cogumelos na Liberdade - além de ser um passeio ótimo, claro, comprar na Liberdade vale a pena pelo preço e variedade de cogumelos. Desta vez comprei Shimeji branco, Shimeji preto e Shitake.  O eleito mais gostoso foi o Shimeji branco.

Cogumelos na Manteiga

400g de shitake ou shimeji
1 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de shoyu
2 colheres (sopa) de saquê culinário (mirim)
2 colheres (chá) de acúcar
2 colheres (chá) de molho de gergilim
2 colheres (sopa) de cebolinha
Wasabi a gosto

Lave bem os cogumelos. No caso do Shimeji, que vem em tufos, separe as pétalas e descarte o caule, já com o Shitake, corte em fatias finas. derreta a manteiga em uma panela (de preferência uma wok, mas não é fundamental) e acrescente os cogumelos. Deixe refogar até que comecem a disprender um pouco de líquido. Junte o shoyu e o saquê (que deve ser o culinário, já que é licoroso). Deixe reduzir levemente e acrescente o açúcar e o molho de gergelim. Desligue o fogo e acrescente a cebolinha picada e o wasabi. Sirva imediatamente!

Bacalhau à Brás


Bacalhau à Brás 
(para 6 pessoas)

1kg de bacalhau
4 cebolas grandes
600g de batata palha
6 ovos
12 azeitonas pretas
Salsinha
Sal e Pimenta

Dessalgue o bacalhau da maneira habitual. Ainda que ele seja dessalgado, aconselho ao menos ferver um pouco de leite e escaldar o bacalhau. Com exceção do último bacalhau que comprei especialmente para a Sexta-feira Santa, o bacalhau dessalgado e desfiado da marca Dias (Porto a Porto): ele realmente não precisa ser dessalgado. Para falar a verdade, precisou até acrescentar um pouco de sal!
Corte as cebolas em meia-luas bem finas. Refogue no azeite. Acrescente o bacalhau e refogue até ficar bem macio. Desligue o fogo, acrescente a batata palha (que você pode comprar pronta ou fazer você mesma), e a salsinha. Experimente o sal e a pimenta. Bata os ovos levemente e acrescente. Misture bem. Sirva decorado com salsinha, azeitonas pretas (que eu não usei porque não gosto: sim, é das poucas coisas) ou com estses crisps de cebola que são minha mais nova paixão. Uma delícia e facílimo de se preparar. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Bacalhau no Azeite


Já faz algumas semanas a madrinha da minha filha, a Clariana, preparou na casa dela um jantar com um bacalhau delicioso. Fiquei com a receita na cabeça todo este tempo… até que ganhei de presente, umas cebolas crocantes da Top Taste, marca holandesa que faz diversos produtos com cebolas e, assim, encontrei a combinação perfeita. Obrigada pelo presente, Miriam. Com certeza vou repetir o risoto de bacalhau com a sua adaptação… e finalmente fotografá-lo para o blog. Clari. Este método de fazer o bacalhau é tão fantástico que mereceu o rótulo "técnicas de culinária". Beijos para as duas!

Bacalhau no Azeite

4 postas grandes de bacalhau
300 ml de azeite
1 xícara de cebolas crocantes
5 batatas
1 maço de brócolis
100g de bacon
Sal e pimenta do reino

Coloque as postas dessalgadas de bacalhau no fundo de uma panela. Cubra-as com azeite (eu usei uns 250ml em uma frigideira alta). Cozinhe-as em fogo baixo até que o azeite comece a borbulhar. Conte 5 minutos e desligue o fogo. Para acompanhar batatas (cozinhas, em rodelas, assadas e finalizadas no grill com azeite) e brócolis (no vapor refogados com um pouquinho de bacon). Decore a posta com as cebolas crocantes e regue com um pouquinho do azeite. 

Esparregado


Parece até que eu estou tentando agradar… e estou! Mas a verdade é que desde o nascimento da minha bebê temos saído um pouco menos… e principalmente, a noite. Temos ido jantar somente sempre casa de amigos queridos ou da família - lugares onde possamos levar a Luísa… Minha comadre prepara sempre (mas na sua Bimby: eu hei de fazer um post sobre ela!) um esparregado de espinafre delicioso. Como eu não tenho uma Bimby, preparei minha versão do esparregado. E acho que ficou beeeem parecido. Este peixinho da foto é uma anchova preparada no forno, com uma crosta de sal.

Esparregado

1 maço de espinafre
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha
200 ml de leite
Sal, pimenta do reino e nóz moscada

Lave o maço de espinafre. Separe as folhas e descarte os talos. Cozinhe em água salgada até que a água  fique verde escura. Escorra a água, descarte. Dê um choque térmico nas folhas com água fira para que parem de cozinhar. Reserve. Em uma panela média derreta a manteiga sem deixar queimar (um bom truque é colocar um pouquinho de azeite sob a manteiga). Junte aos poucos a farinha e mexa sempre até obter uma massinha (o famoso roux!). Mexendo sempre acrescente o leite e tome cuidado para não empelotar. Acrescente as folhas de espinafre e "passe uma varinha mágica"- como dirim os portugueses ou, simplesmente, o mixer. Temprere com sal, pimenta e nóz moscada. Sirva para acompanhar peixes, frango carne… tudo!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Médaillons au Poivre Vert


Finalmente! É bem verdade que a rigor esta receita não poderia entrar na categoria de receitas de convidados - já que foi preparada na casa da minha sogra e longe dos meus olhos… Mas faz tanto tempo que esperava que ela preparasse alguma coisa para o blog, que resolvi abrir uma exceção. E foi por uma boa causa: um dos pratos favoritos do meu marido, o Steak au Poivre Vert. Uma delícia! Eu me comprometo, desde já, a postar a minha versão. Como era de se esperar, tive algumas idéias de possíveis adaptações. Vamos ver! Obrigada, Vera! 

Médaillons au Poivre Vert

1kg de filet mignon
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de manteiga
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados
1 folha de louro
1 xícara (chá) de água
1 colher (chá) de mostarda
2 colheres (sopa) de ketchup
1 colher (chá) e molho inglês
1/4 de xícara (chá) de vinho madeira*
1/4 de xícara de licor cherry
2 xícaras de creme de leite
1 colher (sopa) de ervas da Provance
Salsinha, pimenta do reino, sal, limão
1 vidro de poivre vert 

Limpe o filet mignon e corte em medalhões não muito altos para evitar que fiquem crus. Tempere-os com sal e pimenta, algumas gotas de limão, e polvilhe com farinha de trigo. Reserve. Doure a cebola na manteiga em uma frigideira grande. Junte o alho picado e o louro e refogue. Acrescente os medalhões e, sobre estes temperos, frite os dois lados. Reserve. Acrescente 1/2 xícara de água, mexendo sempre. Junte a mostarda, o ketchup, o molho inglês, o vinho, o licor e o creme de leite. Deixe ferver e acrescente os medalhões. não reduza o molho. Finalize com a salsinha e as ervas da Provance. Em uma frigideira pequena coloque o restante da água e metade do vidro de pimenta verde. Ferva. Escorra a água e acrescente as pimentas ao molho. Coloque os medalhões em uma travessa cobertos pelo molho e acrescente o restante da pimenta.

* a recomendação da minha sogra para o vinho madeira é um vinho chamado "M". Eu não conhecia, mas parece que é fácil encontrar!