sábado, 22 de dezembro de 2012

Coalhada Seca



Nesta quinta-feira fizemos em casa o primeiro "Natal dos Amigos". Espero sinceramente que se torne uma tradição. Divertido! E ainda uma ótima oportunidade para comemorar (ainda que incidentalmente) o meu aniversário com os amigos. Fazer aniversário dia 24 de dezembro não é bolinho! Definimos a temática do jantar a partir da especialidade da chef convidada de hoje no ... de Salto Alto na Cozinha, a Dani Perdigão Feres, do blog Nice and Cool Tips - que desde o casamento já tratou de aprender os clássicos da culinária árabe (podem esperar mais receitas dela!). Ela preparou em casa esta coalhada. Um Natal do Oriente Médio! Delícia. Para mim ainda parece uma receita muito complicada, mas ela garante que é muito fácil de preparar. Sinceramente: assim que eu voltar do Ano Novo vou tentar fazer. Ficou perfeita, leve e muito saudável. A coalhada seca pode ser comida temperada com azeite, sal e pimenta síria, com um pãozinho sírio, no aperitivo, pode ser utilizada em um diversas de receitas (como sopa de beterraba, recheio para quibes...) e pode ainda ser comida sem o tempero, como um iogurte (o verdadeiro Iogurte Grego!) com mel e granola. Chega de propaganda, e vamos à receita. Obrigada, Dani! Sua coalhada e seu hommus foram um sucesso, e os "restinhos" estão sendo devidamente apreciados aqui em casa!


1. Panela vedada com filme plástico; 2. Coalhada fresca sobre peneira e pano de prato; 3. Coalhada fresca "embrulhada" a caminho da geladeira; 4. Coalhada seca depois de escorrido o soro.

Coalhada Seca

2 litros de leite tipo B integral
1 colher (sopa) de leite em pó
1 pote de coalhada

Em uma panela grande, ferva os dois litros de leite até o ponto imediatamente antes da fervura. Desligue o fogo e deixe descansar até que a temperatura ideal para coalhar seja atingida, isto é, até que você consiga mergulhar um dedo no leite e contar até 10. Acrescente o leite em pó (leite Ninho) e a coalhada (pode ser aquela da Vigor, vendida em um pote semelhante ao pote de iogurte). Misture bem e tampe a panela. Com um filme plástico, envolva a panela completamente, de modo que fique vedada (observe a foto). Pré-aqueça o forno por 3 minutos. Desligue o forno, coloque a panela dentro, e deixe descansar, ainda vedada, pelo período de um dia. Ao final desta etapa do processo você obtém a coalhada fresca, com consistência de iogurte espesso.
Para obter a coalhada seca, encaixe um coador sobre um recipiente grande e revista-o com um pano de prato limpo. Despeje a coalhada fresca sobre o pano e amarre as suas pontas (observe a foto). Leve à geladeira pelo período de um dia para que o soro seja escorrido. Ao final desta segunda etapa você obtém a coalhada fresca. Uma delícia!

As fotos do preparo foram retiradas do blog da Dani. Ela preparou também o hommus no fundo da foto!

Borought Market - London


Durante as minhas "férias" deste ano (entre aspas porque foram na verdade uma emenda entre dois feriados em novembro!) fiz uma visita que não poderia deixar de colocar aqui no blog: fui ao Borough Market em Londres. As fotos falam por si mesmas, mas já adianto que o Borough Market vai muito além de um lugar onde se vende comida... - pelo menos para mim foi uma verdadeira aula de gastronomia, onde de quebra aprendi um pouco sobre a culinária inglesa, atualmente tão influente no mundo. Muitos dos grandes chefs da atualidade são ingleses: Nigella Laeson, Jamie Oliver, Gordon Ramsey, Heston Blumenthal.... O Borough Market é uma visita obrigatória para gourmets e gourmands!

Primeira lição: Ingredientes sazionais e variados

Tudo bem. Eu sou uma grande frequentadora de feiras. Frutas, hortaliças peixes... Acho que ir à feira é uma das minhas atividade favoritas, afinal, o Brasil tem mesmo uma diversidade e qualidade de produtos invejável... O que encontrei no Borough Market? Produtos sazionais, em número mais reduzido que no Brasil, claro, mas cada um deles com uma variedade incrível. Pareciam selecionados especialmente para quem ia cozinhar um jantar fantástico naquele mesmo dia. Já viram uma variedade igual de cogumelos? Nunca. E estes tomates? Dá vontade de mergulhar neles! E a disposição dos produtos... ainda temos muito que aprender com os ingleses!


Um outro ponto alto deste mercado são as caças. Estas sim muito mais difíceis de ser encontradas aqui no Brasil frescas... (somente congeladas e muito bem limpinhas) quando mais assim: capturadas na véspera! A caça é um esporte tradicional inglês, como todos sabem, mas encontrar faisões ainda plumados e coelhos inteiros (e tão fofinhos) foi uma surpresa! Imagino que as mulheres devem ainda saber preparar este tipo de caça em casa, desde a fase inicial. Que coragem! Que estômago!


Segunda lição: Artesãos locais

Outra surpresa foi encontrar neste mercado muitas bancas de fornecedores locais. As conservas (na fotografia abaixo), doces, pães, tortas, queijos, defumados, massas artesanais, enfim, tudo! No site do Bororugh Market você pode encontrar uma lista de fornecedores, agrupados por tipo de produto. Bancas muito charmosas onde você pode degustar, comer um pedacinho na hora ou levar peças inteiras. Tudo bem, temos algo muito parecido no nosso Mercadão em São Paulo... pelo menos na parte de vinhos, queijos, conservas e nuts, mas como neste mercado... nunca vi!


Terceira lição: Por que não aproveitar o apetite e almoçar no mercado mesmo?

Outra coisa que vale a pena fazer no Borough Market é almoçar. É claro que você não vai estar com muita fome depois de fazer um monte de degustações... Mas ainda assim, os sanduíches vendidos em algumas barraquinhas são imperdíveis. Nós comemos um sanduíche de pato (na foto abaixo à direita) e em sanduíche de barriguinha de porco. Deliciosos! De sobremesa... um pedaço de torta de cereja  preparada pelos artesãos locais e um pedacinho de fudge. Como estava frio, recomendo até beber um copo de vinho quente.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bolinhos de Natal


Esta receita de bolo foi postada no blog há algum tempo, mas resolvi dar a ela uma nova roupagem e, por que não? Republicar. Estes bolinhos ingleses de receita prá lá de original são os bolinhos de Natal perfeitos! Especialmente porque estou ainda há muitas milhas de confeccionar o meu próprio panettone... Quem sabe ano que vem? Foram o presentinho de natal que o ...de Salto Alto preparou este ano. Poucos. Uma tarde em casa, e foram três fornadas e nove bolinhos. Só nove (sendo um do meu marido, vejam)! Depois foi só embrulhar com papel celofane, colocar uma fita e (a parte mais chata), entregar na casa dos presenteados. Queria ter feito mais... mas não tive forças! Nove é o número máximo de bolinhos que um ser humano pode suportar! E vamos à receita que ainda dá tempo de fazer pelo menos um!


Bolinho de Natal
4 ovos
3 xícaras (um pouco vazias) de açúcar mascavo
2 xícaras (um pouco vazias) de manteiga derretida
3 xícaras transbordando de abobrinha ralada
4 colheres (chá) de bicarbonato de cálcio
6 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de nozes picadas
2 xícaras de uvas passa claras
2 pitadas de sal
4 colheres (chá) de essência de baunilha
Nóz Moscada
Canela


Em uma tigela grande, bata ligeiramente os ovos, junte o açúcar e a manteiga derretida e misture até que se torne um creme homogêneo. Acrescente a abobrinha ralada, mexendo sempre e o bicarbonato de cálcio. Em três etapas distintas, junte a farinha, mexendo até incorporar totalmente. Acrescente as nozes quebradas e as passas. Tempere com sal, baunilha, nós moscada e canela (quanto bastar) e misture bem. Divida a massa em três formas untadas com manteiga e farinhadas (bolo inglês/ pão tamanho pequeno) ou em duas formas deste tipo, só que médias. leve ao forno pré-aquecido por 40 minutos. faça o teste do palito e desenforme. Deixe esfriar sobre uma grade completamente antes de embrulhar!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Szendvics - Sanduíches Húngaros



No roteiro da nossa última viagem, a cidade que mais me surpreendeu (em todos os aspectos) foi Budapeste. E eu, que sou uma pessoa que adora línguas, fiquei fascinada! O húngaro ou magyar não é nada daquilo descrito pelo Chico Buarque no livro com o nome da cidade... Justo pelo contrário! Suave, as sílabas são fáceis de se distinguir, e os fonemas claros e fáceis de se repetir, ainda que, quando escritos, tenham representação diferente da nossa. Sinceramente: dava até para entender algumas coisinhas. Veja o caso destes sanduichinhos: Szendvics. Mais parecido não fica! Os Szendvics são vendidos em uma loja chamada  Duran Szendvics, e ficam expostos em uma vitrine. São os mais variados. Todos sofisticados: ovas de salmão, queijo de cabra, roastbeef, pastinha de lagosta, caviar, peixes defumados... Definitivamente seria um sonho pedir uma caixa de Szendvics em casa ao invés de pedir uma pizza!!!!
Comemos uma vez no final de tarde alguns e, quando quisemos repetir (pois além de tudo eram baratos) encontramos a loja fechada. Achei que fossemos encontrar mais destes sanduiches em Praga, mas qual nada! As saudades eram tantas, que tive que tentar reproduzir alguns sabores assim que pus as mãos em uma bela peça de salmão defumado!
Desta forma, não se trata de uma receita propriamente dita (como não são quase nunca as de sanduíches), mas de uma dica. Que tal fazer uma noite de Szendvics ao invés de uma noite de Bruscuettas? O pão escolhido foi um filão cortado em fatias de 1,5cm de altura (lá eles usavam para algumas combinações um filão integral com grãos). As montagens escolhidas tinham como ingrediente principal o salmão defumado e o queijo brie.
Vejam as combinações que eu utilizei... mas fiquem livres para fazer as suas próprias, ou para visitar as fotos do site da Duran (mas só as fotos, porque o húngaro é fácil, mas só em comparação ao chinês ou ao hebraico). Salmão fica delicioso com cebola roxa, ovos/ pastinha de ovos, limão siciliano, creme azedo e pepinos. Queijo brie foi combinado com tomate e pepinos. Para acompanhar... uma boa vodka com gelo! Uma delícia! Szervusz! (Adeus!)


Coleslaw


Quanto tempo! Estou de volta hoje com uma receita simples, tipicamente americana (quem nunca comeu um coleslaw num potinho junto com um baita hamburguer?). Uma salada crocante, bem gelada, e, aparentemente, uma das melhores formas de se comer repolho que existe. Você pode usar repolho roxo ou repolho branco, e mesmo fazer uma mistura. Como me deparei com um repolho roxo no supermercado e esta foi a inspiração, usei somente o roxo. Infalível: faça uma receita inteira e  deixe na geladeira pra comer nestes dias de tão imenso calor!

Coleslaw

1 repolho pequeno (1/2 roxo e 1/2 branco ou escolha o repolho da sua preferência)
2 cenouras raladas
2 maçãs verdes descascadas e cortadas em palitos
1/2 xícara de uvas passas (claras ou escuras)
1/2 xícara de maionese
1/2 xícara de creme de leite fresco
Suco de 1/2 limão
Sal e pimenta a gosto

Corte o repolho em tiras finas (eu poderia ter caprichado mais nesta parte, admito, mas as férias nos deixam preguiçosos). Deixe de molho na água gelada por pelo menos uma hora para que fique ainda mais crocante. lave e seque. Junte as maçãs descascadas e em palitos, as uvas passas e o suco de limão. Acrescente o creme de leite e a maionese, mexendo sempre, até atingir a consistência desejada. Tempere com sal e pimenta do reino. leve a geladeira e sirva frio. Usei pouca maionese e creme de leite na tentativa de deixar mais light... mas há quem prefira uma salada mais "cremosa" que esta!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Rabada na Guinness


Eu, na verdade, nem gosto de rabada. Sabe aqueles pratos que, mesmo sem experimentar, escolhemos não gostar. Pois então. Experimentei outro dia e achei uma delícia. Ainda mais nesta combinação de polenta e agrião. Resolvi reproduzir em casa para contentar o meu marido - que estava sonhando com uma rabada na Guiness. Tudo bem. Da próxima vez será a minha moda: vinho tinto e forno, nada de panela. Quero prepará-la como um Bouef Burguignon, colocando a panela inteira no forno por horas e horas. A comparação ficará para outro post! Um desafio. E eu ainda consegui fazer o meu primeiro caldo de carne a partir desta rabada... depois posto as fotos! Vamos à receita!

Rabada na Guinness

1,8 kg de rabo de boi
2 cebolas picadinhas
2 cenouras em rodelas
1 talo de salsão
1 lata de extrato de tomate
(ou substitua por uma lata de tomate pelati)
2 latas (440 ml cada) de cerveja preta
1 bouquet garni*
1 xícara de salsinha
Azeite
Sal e pimenta

Cubra a carne com água e ferva juntamente com  o suco de um limão durante dois minutinhos. Retire da água e, com uma faca afiada, retire o excesso de gordura (sim, esta parte do boi é muito gorda mesmo). Refogue as cebolas no azeite, junte a carne e refogue mais um pouco. Acrescente a cerveja, os legumes, o extrato de tomate e o bouquet garni. Tampe a panela e esqueça que a rabada existe! Brincadeira... verifique a cada 30 minutos, deixando o fogo baixo, mexendo um pouquinho e acrescentando água caso necessário. A minha ficou cozinhando umas cinco horas. Está pronta quando a carne começar a soltar do osso. Tempere com sal e pimenta. Sirva acompanhada por polenta e agrião!


*bouquet garni: tradicional da culinária francesa... é só juntar um punhado de temperos, amarrar com um fiozinho e deixar no molho durante o cozimento. Depois separe. Desta vez eu usei tomilho, alecrim,  manjericão e louro.

domingo, 7 de outubro de 2012

Pernil de Cordeiro com Cenouras Assadas


Um viva aos almoços intermináveis! Existe coisa melhor que passar o dia inteiro ao redor de uma mesa, sentindo o cheiro gostoso de um assado vindo da cozinha, muitos aperitivos, um bom vinho, uma boa conversa... ? Não para mim. Melhor que isso, só isso mesmo, só que na praia. Delícia de almoço com toda a família. 
Como este cordeiro leva muitas horas de preparo, comecei logo que acordei, na tentativa de evitar um desastre assaz frequente aqui na minha cozinha: o almoço se tornar um jantar. Acontece nas melhores famílias!!! Aconselho tomarem cuidado quando resolverem se aventurar com peças grandes de carne.
Esta receita foi adaptada do blog Toque Blanche. O Giacomo, autor do blog, recomenda que o cordeiro fique no forno 7 horas. Não acordei tão cedo assim, então tive que reduzir o tempo para 5/6 horas e aumentar a temperatura do forno um pouquinho - mas o cordeiro ficou molhadinho e macio, como deveria ter ficando mesmo. Mas eu tanto trabalho que não consegui me dedicar propriamente aos acompanhamentos - e o Risoto Milanese ficou bem sem graça. Acontece. Vamos à receita:

Pernil de Cordeiro com Cenouras Assadas

1 pernil de cordeiro de aproximadamente 1,8 kg
8 dentes de alhos descascados e cortados ao meio
4 cenouras
2 cebolas
1 talo de salsão
2 ramos de alecrim (somente folhas)
2 folhas de louro
6 xícaras (chá) de vinho branco seco
Azeite, sal e pimenta do reino


Pré-aqueça o forno a 220ºC por pelo menos 10 minutos. Regue o fundo de uma assadeira grande com azeite e sobre ele disponha as cenouras em rodelas, as cebolas e os talos de salsão em pedaços grandes, os dentes de alho cortados ao meio. 
Coloque o pernil sobre os legumes e leve ao forno por 10 minutos. Retire a assadeira do forno e tempere a carne com sal, pimenta e as ervas. Regue com mais azeite e volte ao forno por mais 15 minutos. Retire a assadeira do forno novamente e, desta vez, vire o pernil e os legumes, regue com o vinho branco e cubra com papel alumínio. Volte ao forno, abaixando sua temperatura para 160ºC.
Verifique o forno a cada hora, regando sempre com o líquido da assadeira. Este processo deve levar pelo menos 5 horas. Assim, "esqueça" o pernil no forno até que a carne esteja bem macia, soltando do osso com facilidade. Caso precise acelerar o processo, aumente um pouco a temperatura e retire o papel alumínio. 
Coloque o pernil em uma tábua de cortar carnes ou em uma outra assadeira para servir. Decore com a cenoura e com folhas de alecrim. Coe a gordura e os legumes que restarem na assadeira que foi ao forno para obter o molho. Espere pelo menos 15 minutos após a retirada do forno para cortar a carne.


Vocês conhecem o GREGO?


Vocês já experimentaram o GREGO? Estou completamente apaixonada por este iogurte da Nestlé. Faz alguns meses já, a marca foi responsável por trazer para o Brasil este tipo de iogurte - popular na Europa e Estados Unidos há pelo menos 5 anos. Finalmente! O Iogurte Grego difere do iogurte comum especialmente quanto à textura. Ele é bem mais cremoso! Na minha opinião ele é também mais saboroso, não apresentando a leve acidez característica dos iogurtes comuns. Na Grécia a receita tradicional leva leite de cabra - não é o caso dos Iogurtes industrializados, claro... Mas ainda assim:  recomendo fortemente! 
No café da manhã hoje preparei esta mistura com frutola e mel (que ficou simplesmente divina), mas já misturei com granola e banana, pedacinhos de morango escaldado, frutas vermelhas... É só usar a criatividade. No próximo jantar "importante" aqui em casa vou tentar criar uma sobremesa com ele: aguardem!


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Batata Doce na Chapa



Tanto tem se falado na "Poderosa Batata Doce", que me rendi, e ao vê-la em uma gôndola no supermercado... Comprei-a-a. Improvisei uma maneira de prepará-la, e não é que ficou uma delícia? A batata-doce é uma espécie de carboidrato do bem, isto é, fornece tanta energia e nutrientes quanto uma batata inglesa (normal), porém, possui um índice glicêmico muito mais baixo. O que isso significa? Para falar a verdade, não sei bem! Mas parece que quanto menor o índice glicêmico, melhor. A batata dos atletas. Uma ótima fonte de enrgia antes da pratica do exercício. Não foi bem o caso aqui na minha casa... Já que cometemos o pecado de comê-la por volta das 22h00. Fazer o que? Meu marido tem chegado em casa neste horário (ou ainda mais tarde), simplesmente varado de fome. Se não se pode vencê-los... Junte-se a eles. E hoje o jantar foi dele: contra filé alto na chapa com chimichurri e batata. E cervjinha. E sorvete de chocolate na sobremesa. Porque todo mundo de vez em quando merece!

Batata Doce na Chapa
1kg e batata doce
1 xícara de cheiro verde
3 colheres (sopa) de azeite
Sal
Pimenta

Cozinhe a batata doce, em uma panela grande coberta por água por pelo menos 60 minutos, até que fique macia. Descasque e amasse grosseiramente com um garfo. Misture bem, temperando com azeite, sal e pimenta. Desligue o fogo e junte o cheiro verde. Aqueça uma frigideira, jogue um fio e azeite e doure um pouco de batata doce por vez (faça uma panquequinha). Corte a panqueca em formato de meia-lua e cubra com um apouco mais de cheiro verde e azeite. Tão fácil que dá até para fazer no café da manhã!


Cuidando melhor das suas facas


Um dos hábitos do dia a dia que eu mudei com as minha leituras recentes em livros de culinária foi o trato com as facas. Tá, ler um livro inteiro sobre facas talvez seja um pouco de exagero - mesmo depois de ganhar estas belezinhas de presente do meu marido, mas algumas dicas são fundamentais. E lá vem elas:

1) Não use suas facas para outros propósitos que não cortar/trinchar/filetar/desossar alimentos. Facas não são abridores de latas ou garrafas - fazer isso pode resultar em acidentes domésticos e, de quebra, sua faca pode ficar irreversivelmente cega!

2) mantenha suas facas sempre amoladas. Se vc, como eu, não tem coragem, amoladores profissionais estão aí para isso... Mas segundo consta é bem mais fácil que parece (aguardem o post de quando eu tomar coragem!). Não amolar uma faca e continuar usando-a sem fio pode cegar a faca de tal maneira que nem um profissional consegue recuperá-la.

3) Tome cuidado com o armazenamento das suas facas (em como guardá-las...): As maneiras mais indicadas são uma barra magnética (daqueles que vc afixa na parede); um cepo ou suporte para facas (daqueles em que vc espeta as facas); uma gaveta especialmente projetada (daquelas com recortes especiais para fincar as lâminas). caso nenhuma destas alternativas pareça viável para você, como é o meu caso, já que minha cozinha é aberta para a sala de jantar, o indicado é confeccionar bainhas, como estas da foto acima. Colocar as facas misturadas à outros itens dentro de uma mesma gaveta ou todas juntas pode cegá-las.

4) Tenha cuidado ao lavar as suas facas. Nada de ficar esfregando - o que também faz com que a faca perca o corte mais rápido. Passe a esponja em um mesmo sentido e nunca pelo fio da faca. Seque-as e guarde imediatamente - nada de deixar jogadas pela pia (Perigo!) ou no escorredor de talheres "batendo"em outros objetos.

5) Para evitar acidentes bobos (contudo graves, especialmente se suas facas forem afiadas), lembre-se sempre de usar sapatos na cozinha (facas podem cair em seus pés); cortar com a faca sempre afastando-as de si e nunca na sua direção. Cuidado na hora de transportá-las de um lugar para o outro: aponte-as para baixo e mantenha-as próximas ao seus corpo, use as bainhas ou enrole-as em um pano de prato. Nunca deixe uma faca encobreta por um pano ou submersa na água!

6) Por fim, segure suas facas com confiança. Uma boa faca é um verdadeiro prazer de se manusear! Saiba qual a função de cada uma... cortar pode ser uma verdadeira terapia!


domingo, 16 de setembro de 2012

Pão d'Ovo


Faz muitos anos aprendi a fazer este pão d'ovo... mas não chegava nunca a hora de fotografa e colocar no blog.  Uma idéia genial e, principalmente, muito fácil de preparar. Eu sou louca por ovo! Em Angra, a caseira do nosso padrinho/afilhado André Schibuolla preparava um pão d'ovo destes atrás do outro. Os meninos comiam bem 3 destes cada um! 

Pão d'Ovo

2 fatias de pão de forma
2 ovos grandes
4 colheres (chá) de manteiga
Sal
Pimenta do reino

Passe manteiga nos dois lados de cada fatia de pão de forma. Corte com uma faca ou um molde de biscoito uma espécie de furo no centro da fatia (vc pode fazer o furo redondo ou em formato de coração... vc escolhe!). Coloque mais um pocuo de manteiga e aqueça uma frigideira. Coloque a fatia de pão, doure um lado, vire e com cuidado, acrescente a gema de um dos ovos e parte da clara. Tempere com sal e pimenta. Assim que a gema começar a firmar, retire e sirva imediatamente. Delícia. Perfeito para levar em uma bandeja num domingo preguiçoso como este!


sábado, 25 de agosto de 2012

Arroz de Polvo



Aqueles que conhecem o blog há bastante tempo já devem ter percebido o meu pendor para as receitas portuguesas. Adoro! Também... com todos os sobrenomes portugueses que fiquei depois de casada, até a câmara portuguesa começou a me enviar e-mails. Juro! Não é piada.
O Arroz de Polvo parecia uma escolha natural já que o Arroz de Pato é uma especialidade. E já fazia muito tempo que meu marido pedia... até que encontrou a receita perfeita, me enviou por e-mail, convidou um casal de amigos, comprou o polvo na feira... E eu não tive mais escapatória: tive que enfrentar este bicho esquisito mais uma vez!

Podem pesquisar na internet: há milhares de truques para se cozinhá-lo, todos contraditórios entre si.  Vocês podem ver no post Salada de Polvo o resultado da última tentativa. Desta vez, cozinhei o polvo na panela normal, em fogo bem baixo, como ensinava a receita do site português Sabor Intenso. Neste site há um vídeo ótimo. Fica impossível errar. Não vou nem repetir a receita. Convido os leitores a uma visita e um passeio pelas milhares de receitas postadas por lá. Ótima descoberta! A dica para o arroz de polvo autêntico é deixá-lo "malandrinho", como dizem os portugueses, bem molhadinho, como na foto.


Depois de testar este novo médodo, resolvo que, ao menos por enquanto, fico com a minha técnica da panela de pressão... até que  consiga encontrar outra melhor. O polvo encolheu, não soltou tanta água quanto da última vez... Mas felizmente agradou os "comensais" e, principalmente, o especialista em culinária portuguesa que mora aqui em casa!!! - Eu, sinceramente, fiquei foi com saudades do meu Arroz de Pato. Não troco de jeito nenhum!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Baby Lulas



Faz já algum tempo, mas demorei para postar porque as fotos foram improvisadas, tiradas no iPhone. Estava esperando fazer a receita outra vez, novas fotos... Mas concluí que baby lulas iguais a estas, ganhadas de presente no restaurante Joãozinho, na Ilha Bela, impossível! O dono do restaurante pede para os pescadores da Ilha separarem as lulas menorzinhas para ele, e as prepara prepara com vários molhos diferentes: um melhor que o outro. Entrei na cozinha, aprendi a fazer... e de quebra ganhei um saco de baby lulas para levar para casa! Não podia ser diferente: viramos fregueses no ato. Ir no Joãozinho já virou programação oficial na nossa casa de praia... ainda mais porque logo na frente do restaurante tem um deck, e a cerveja (uma raridade) tem preço totalmente honesto. Não precisa nem dizer que foi saindo do Joãozinho que eu quebrei o meu pé. Baby Lulas ao Vinagrete, pãozinho e caipirinha de Carambola. Dia perfeito.

Baby Lulas ao Vinagrete

350g de lulas pequenas
50g de alho triturado
200g de cebola picada
Salsinha
1/4 xícara de vinho banco
1/2 xícara de azeite

Limpe as lulas e tempere-as com limão, sal e pimenta. Reserve. Aqueça o azeite. Em uma frigideira grande doure o alho e a cebola. Coloque as lulas na frigideira e refogue por aproximadamente 5 minutos. Junte a salsinha, o vinho branco. Misture bem e deixe reduzir o vinho. Sirva imediatamente acompanhado de fatias de pãozinho fresco.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lasanha de Bacalhau



Sempre impliquei com Lasanha. Acho o fino do brega. É verdade! Em um mundo de prateleiras e mais prateleiras de lasanhas congeladas... qual a graça de uma lasanha? Pois acabo de descobrir. Esta foi a segunda Lasanha que eu preparei: a primeira de Legumes... E agora esta de Bacalhau. Ficou tão gostosa que foi alçada ao patamar de especialidade imediatamente. Ai vai a receita... e no próximo post dou mais detalhes de como preparar o nosso conhecido molho branco ou Béchamel.

Lasanha de Bacalhau

500g de bacalhau dessalgado ultracongelado
1 cebola picadinha
1 maço de salsinha
2 colheres (sopa) de azeite
150g de massa para Lasanha (eu usei a fresca)
150g de queijo Mozzarella ralado
200ml de molho branco/ Béchamel*
Sal e Pimenta

Comece o preparo pelo bacalhau. Descongele, desfie e reserve (caso já seja dessalgado). Aqueça o azeite, doure a cebola. Refogue o bacalhau. Desligue o fogo e acrescente a salsinha. Reserve. Prepare o molho branco/ Béchamel. A massa fresca de Lasanha não precisa de cozimento algum, portanto, basta montar. Pré-aqueça o forno.  Em uma forma refratária coloque 2 conchas de molho branco. Intercale camadas de uma folha de massa, molho e bacalhau refogado e camadas de uma folah de massa, molho e queijo. A última camada deve ser de mozzarella e molho branco. Leve ao forno coberto com papel alumínio até borbulhar. Retire o papel alumínio e deixe gratinar. Sirva imediatamente. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Quiche de Chèvre, Tomatinhos e Aspargos


Quiche e salada são um menu prefeito para um almoço em um dia lindo e ensolarado como foi este sábado. Ainda mais se a quiche for esta: Chèvre (queijo de cabra), Tomatinhos e Aspargos frescos. Perfeita - mais uma receita retirada do blog Com um pitada de açúcar e que eu cahei que valia a pena publicar. Obrigada, Stefânia! Adorei, principalmente a dica de usar o processador no preparo da massa. Ficou bem mais leve assim. Vamos à receita:

Quiche de Chèvre, Tomatinhos e Aspargos

Massa Brisé Salgada

250g de farinha de trigo
125g de manteiga sem sal gelada
1 ovo
1 pitada de sal
40ml de água

Recheio

150g de queijo de cabra
1 maço de aspargos
Tomatinhos
3 ovos
250ml de leite
250ml de creme de leite fresco
Sal e pimenta
Noz Moscada


Inicie o preparo pela massa. Em uma bancada (eu costumo fazer em uma tigela bem grande) misture a farinha e a manteiga. Uma vez que a manteiga deve permanecer gelada, você deve manuseá-la o mínimo possível, até obter uma farofa (que parece uma areia molhada). Sugiro utilizar o processador de alimentos, assim ela fica bem fininha! Misture o ovo, o sal e a água. Abra um buraco no meio da farofa de farinha e manteiga, coloque a mistura de ovos delicadamente e misture rapidamente até incorporar (mais uma vez cuidado, já que a manteiga deve continuar gelada!). Envolva em filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 40 minutos.
Comece a preparar o recheio. Misture o creme de leite fresco, o leite e os ovos e tempere com sal, pimenta e noz moscada. Reserve. Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Abra a massa sobre uma superfície levemente enfarinhada com um rolo e abra sobre uma forma de 24cm diâmetro. Cubra com papel alumínio e alguns grão de feijão (para evitar que o fundo se solte) e leve ao forno por aproximadamente 10 minutos. Retire do forno. Retire o papel alumínio e os feijões (eu tenho alguns guardados só para isto!) e coloque o recheio. Distribua os talos de aspargos cortados na diagonal, os tomatinhos inteiros e o queijo de cabra desmanchado em pedaços. Cubra com a mistura de creme de leite. leve ao forno por mais 30 minutos até firmar. Sirva com uma salada linda e pronto! Só preparar um molho (eu usei um mostarda).

Dicas para um almoço descomplicado




Neste sábado recebi (finalmente) a minha querida prima de Belo Horizonte, a Adriana, para um almoço em casa. E tinha que ser um almoço despreocupado... já o que o meu estado "podálico"ou "podal"- acabo de buscar no dicionário, continua o mesmo: Robotfoot por pelo menos mais 2 semanas. O prato principal foi uma Torta de Queijo de Cabra, a próxima postagem, mas a praticidade ficou por conta da sobremesa: Uma massa de chocolate, um tagliarini, para ser mais exata - comprado no Sada Cuisine, uma Rotisseria que fica bem pertinho da minha casa e que descobri por acaso. Ah... vou ter que experimentar todas as massas secas de lá: Limão e Pimenta, Beterraba, Funghi, Espinafre, Manjericão, Azeitona Preta, Nero e Comum. Aguardem as fotos.
A outra dica... é terminar um almoço especial como sempre fazemos em casa... com um cálice de vinho do Porto... ou uma garrafa inteira! Beijos, prima. Você é sempre bem-vinda em nossa casa. Até o Filé adorou você!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Keepeez!


Ontem conversando com uma amiga querida (a Deisy!) me dei conta de que já há muito tempo tenho em casa um produto tão útil, mas tão útil... que merece um post. São as tampas Keepeez. Não sei se vocês  já conhecem estas tampas de "elastômero" - uma substância com propriedades semelhantes às do silicone, que substituem (pelo menos em parte) o maldito filme plástico na sua função de armazenar e preservar alimentos. Pois então. Muito úteis. Basta pressionar o centro da tampa após colocá-la sobre um recipiente de tamanho compatível para que o ar seja removido, criando-se um vácuo - o que faz com que os alimentos durem muito mais.
Hoje usei para deixar uma massa de torta descansar. Ontem... para transportar uma receita de brigadeiro de colher (porque ninguém é de ferro!) para o trabalho. Estas tampas podem ser reutilizadas diversas vezes e ainda, caso o plástico comece a "afrouxar", é só colocar em baixo da água quente: ele volta ao estado anterior. Prático e ecologicamente correto! Estas tampas estão a venda nas melhores lojas de materiais para cozinha (tipo Suxxar e Spicy) e até mesmo na americanas.com. Viu, Deisy?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Raviolini e Tomates Confitados


Algumas vezes me admito pensando... Existe coisa mais perfeita que um tomate? Adoro. Nas minhas andanças com o pé quebrado encontrei uma caixinha de tomates perfeita: com tomates Sweet Grape de todas as cores e formatos possíveis, e resolvi fazê-los confitados, como molho para uma massa. Bastou juntar bastante azeite, sal e um pouquinho de tomilho, levar ao forno por 30 minutos, até que eles estivessem desmanchando - como na foto e servir com uma massa recheada, algumas bolinhas de mozzarella de búfala, manjericão fresco e pronto. Perfeita. Agora é só ralar um pouco de parmesão por cima e servir.





quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Edamame


Tanto tempo sem postar e... não é que eu volto rapidamente, e ainda por cima só com uma dica? Pois é, estes tempos de Robotfoot na Cozinha não estão nada fáceis! Eu quebrei meu pé há 20 dias e mal consigo ir ao supermercado... Juro! Quem dirá buscar aquele ingrediente especial que ficou faltando para um jantar, ou convidar os amigos para um almoço? Tempos de praticidade. Tempos de imrpoviso.
E foi em uma destas visitas rápidas ao supermercado que eu encontrei o Edamame. Tá bom, eu já conhecia o Edamame das entradas dos restaurantes japoneses e até mesmo do Mercearia São Roque (onde costumamos ir com os amigos com frequência) - mas foi só agora que vi estes grãos de soja na vagem (isto é o que eles são) congelados para vender no supermercado. Basta ferver água em uma panela, cozinhá-los por 3 minuto... e temperar com sal. A vagem não deve ser comida, somente os grãozinhos. Um verdadeiro vício... E melhor light e saudável. Acabo de implementar. Aqui em casa vai ter muito Edamame no aperitivo!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Frango Recheado com Gruyère e Damascos envolto no Presunto Crú

Por enquanto só as fotos... Assim que possível atualizo este post e coloco a receita. Não ficou tudo lindo? A convidade Paula Neubauer demorou para vir cozinhar para o blog... mas também... Se superou! Este é o Peito de Frango Recheado com Gruyère e Damascos, envolto no Presunto Crú... acompanhado por Cenouras Assadas e Lentilhas. Agora é só esperar ela me mandar o nome da receita... aiaiaai!