segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Congelando ervas



Há muito tempo algumas fotos desta técnica de congelamento de ervas circularam pela internet. Não consigo mais me lembrar da fonte, é claro, mas bastou sobrarem em casa vários ramos de alecrim e meio maço de mangericão para que eu resolvesse resgatá-la. Costumo consevar salsinha e cebolinha picadas em meu freezer em pequenos sacos e também já tentei congelar alecrim e tomilho… sem muito sucesso. Realmente só dá para fazer com salsinha e cebolinha que são usados no dia a dia. 
Procurei pela internet e encontre pelo menos cinco diferentes técnicas de congelamento de ervas - dentre as quais está a minha antiga - que é simplesmente colocá-las no freezer e esta, que apresentarei agora. Vi também uma sugestão para se usar cubos de gelo e água… Mas ainda preciso testar. 
O resultado de congelar as ervas no azeite foi realmente surpreendente. Quando usadas em uma receita  (uma semana depois de congeladas) pareciam frescas - Muito prático! É claro que usar as ervas frescas de verdade é infinitamente melhor… Mas quem nunca terminou um final de semana com a geladeira cheia de ervas e sem nenhum uso para elas? Ou quem nunca decidiu preparar um preto especial e só no último minuto notou que estava sem alecrim em casa? É só colocar a técnica em prática!

  1. Limpe bem as ervas, separando as folhas e descartando os caules;
  2. Lave-as e deixe-as secar sobre papel de cozinha absorvente; 
  3. Coloque as folhas em uma forma de gelo, misturadas ou separadas conforme a sua preferência;
  4. Cubra a forma com azeite (o que testei), óleo (quase não uso na cozinha) ou manteiga clarificada (um pouco mais complicado);
  5. Leve as formas ao freezer;
  6. Quando congeladas as ervas, retire os cubos da forma e armazene em sacos plásticos ou em recipientes próprios para congelamento com tampa. Cubos (de gelo, ervas, caldo - o que que que seja) podem pegar odores desagradáveis da geladeira e nunca devem ser mantidos nas formas.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Papinhas Gourmet

Carne, macarrão, beterraba, feijão branco e quinoa
Peixe, mandioquinha, abobrinha e grãos de trigo
Até o último minuto fiquei na dúvida de se deveria postar as fotos que eu vinha tirando das papinhas da minha filha aqui no blog. Papinha é comida? Combinação de ingredientes é receita? Resisti bravamente até que as amigas com filhos pequenos começaram a pedir… e eu pensei: "Não foi justamente este o motivo de eu começar a fazer o blog?". Pois então vou cometer este pequeno deslize gourmet e fazer um post sobre as comidas que venho preparando para a Luísa. E um post é o suficiente, porque não há nada mais fácil que preparar uma boa papinha...

Carne, arroz de sete grãos, brócolis e grão de bico
Frango, polenta, agrião e lentilha
A alimentação dela, seguindo a orientação da nossa pediatra, teve início com as papinhas de fruta, quando ela estava com 5-6 meses e eu planejava o fim da amamentação exclusiva. As papinhas salgadas começaram por volta do 7º mês, primeiro peneiradas (e eu confesso que usei o mixer quando fui vencida pelo cansaço!), depois bem amassadas - por volta do 8º mês, cheias de pedacinhos - por volta do 9º mês, e como comidinha de verdade (com ingredientes separados) a partir do 10º mês. É claro que esta lógica varia muito de pediatra para pediatra - o meu intuito com este post é dar idéias de combinações de papinhas e não orientar a alimentação como um todo… A questão é, depois de muito experimentar, achei algumas combinações que ficam mais saborosas porque se parecem com as combinações que fazemos, como adultos, nos nossos pratos. Estas combinações podem ser prepradas para qualquer fase da alimentação que o bebê estiver - basta peneirar, amassar muito, só um pouco ou servir separadamente. Entenderam?

Frango, arroz, cenoura e ervilha
Carne, arroz, abóbora, feijão preto e couve

O tempero, isto é, a base para todas as preparações varia conforme a casa e as indicações do pediatra (mais uam vez). Eu usava cebola, alho e azeite e fazia um refogadinho. Não adicionei sal algum até ela completar 10 meses - quando comecei a fazer a transição da comida dela para a a comida da casa. Ela continua comendo pouco sal, mas ainda assim… Não é recomendável congelar nenhuma comida já salgada. O congelamento potencializa o gosto do sal e a comida pode ficar até amarga. A papinha é cozida até os ingredientes ficarem macios. Como ca´qqaadfv31O(W!klyda um tem o seu ponto… é difícil estabelecer um tempo certo. Com a prática passei a cozinhar separadamente os ingredientes mais duros, como os grãos ou a beterraba, por exemplo. Usar caldos feitos em casa ao invés de água também é uma ótima dica e ajuda dar ainda mais sabor. Quando o cozimento estiver terminado, sugido colocar todo o conteúdo em uma assadeira para esfriar e também para amassar. É muito mais prático para distribuir uniformemente entre os potinhos para congelamento. Estas embalagens da OXO foram as minhas escolhidas. Luísa está com 1 ano e ainda uso muito para congelar ingredientes separados, levar frutas já cortadas e descascadas para passear. São ótimas. Na hora de servir, acrescente sempre um pouquinho de azeite: vale a pena passar em uma loja Mundo Verde para comprar diferentes tipos de óleos: linhaça, gengibre, abóbora… além do tradicional azeite de oliva. O mesmo vale para os grãos: trigo, linhaça, quinoa… Tudo uma delícia!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Kibe Assado (da Noêmia)


A Noêmia é funcionária aqui de casa, me ajuda a cuidar da minha filha, cozinha, faz de um tudo. Meu verdadeiro braço direito! Logo que ela chegou, pedi que preparasse a sua especialidade. Um prato que tivesse certeza de que eu gostaria... É sempre uma boa técnica: antes de ensinar… aprender. Pois ela preparou este kibe assado que há muitos anos aprendeu a fazer com a mãe de uma antiga patroa - de família libanesa, pelo que entendi. Desde então a receita passou a integrar o menu da minha casa. Fácil de fazer, leve, e ainda pode ficar na geladeira para um aperitivo no final de semana, um lanchinho, ou mesmo para o jantar. Aprovado. Aprendi e - com uma certa ajuda na apresentação, não poderia deixar de colocar aqui no blog. Espero que gostem!

Kibe Assado

1 kg de carne moída
2 cebolas médias
1 1/2 xícara de trigo para kibe
1 maço pequeno de hortelã
2 colheres (sopa) de pinoli
Sal a gosto
1 fio de azeite

Coloque o trigo de molho para hidratar em uma tigela com água por 2 horas. Ele dobrará de volume. Reserve. Bata as cebolas em um processador de alimentos ou liquidificador. Acrescente o hortelã e o sal e bata novamente. Reserve. Coloque o trigo sobre um pano de prato, dobrando o pano como uma trouxa. Escoe toda a água até que o trigo fique seco. Misture a carne, o trigo, os temperos e o pinoli com os dedos até obter uma massa homogênea. Coloque em uma assadeira e regue com um fio de azeite. Leve ao forno em temperatura média até dourar. Sirva com uma fatia de limão e decore com folhas de hortelã.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Crèpes Franceses

Crepe de queijo Brie, presunto de Parma, rúcula e azeite.
Há muitos anos frequentamos o restaurante do chef francês e muito simpático Yves Lapides em Paraty, o Le Castellet. Lá ele serve crepes genuinamente franceses (além de terrines, cozidos e outros pratos característicos), prepara azeites aromatizados maravilhosos e pães. O lugar é um charme: todo decorado no estilo da Provence - e muuuuito romântico. Inspirada na maneira de preparar crepes do Yves Lapide fiz ontem aqui em casa um festival de crepes para minha primas queridas Cathy e Eleonora. As fotos são dos dois sabores vencedores. Crepes são uma idéia fantástica para reunir os amigos: o preparo é fácil (a massa leva 15 minutos para ficar pronta), divertido (cada um pode dar a sua sugestão de recheio) e delicioso (basta ver as fotos). Você pode ainda pedir que cada um da mesa escolha o seu favorito. Os vencedores da noite de ontem foram estes dois da fotografia: o primeiro escolhido pela Eleonora e pelo Rick, o segundo por mim e pela Cathy.

Crèpes Franceses

1/2 litro de leite
50g de manteiga
250g de farinha de trigo
1 pitada de sal
4 ovos inteiros
1 colher (sopa) de conhaque

Aqueça o leite até que fique morno. Junte a manteiga e misture até que derreta completamente. Misture a farinha e o sal e com um fuêt (ou batedor) misture e vá acrescentando os ovos e o leite, evitando deixar grumos de farinha, até obter uma massa bem fina. Caso se formem grumos basta passar a massa por uma peneira! Acrescente a colher de conhaque. Cubra com filme plástico e leve à geladeira para descansar por pelo menos uma hora (duas são o ideal).
Quando for servir aqueça bem uma frigideira (eu usei uma frigideira grande normal, das que tinha em casa, mas vc pode comprar um disco próprio para crepes), acrescente uma colher de café de manteiga, espalhe bem e coloque uma concha de massa para fritar. Espalhe com cuidado. Os crepes devem ficar muito fininhos. Deixe dourar e fazer bolhas, vire e frite o outro lado. Sirva imediatamente com o recheio da sua preferência. Dica: Para virar o crepe você pode usar uma espátula ( e melhor que seja uma espátula grande), mas a maneira mais prática - ainda que requeira uma certa dose de coragem, é descolar as beiradas e virar o crepe na própria frigideira... como nos filmes.
Para servir coloque aberto sobre o prato, como na foto, e acrescente os recheios da sua preferência - caso sejam quentes, na própria firgideira, e se frios no prato. Para decorar o prato o Yves lapede sempre coloca cebolas e tomates confitados - o que é uma idéia deliciosa.

Queijo de cabra, nozes, alecrim e mel.
Sugestões adicionais de recheios: Queijo muzzarella, tomates confitados e manjericão. Queijo cottage, salmão defumado e dill.